3 de Outubro de 1993 – A Batalha de Mogadíscio

Uma missão para capturar um senhor da guerra somali transforma-se em um desastroso tiroteio urbano, choca o mundo e abala os Estados Unidos. Neste artigo, vamos contar a verdadeira história por trás de “Falcão Negro em Perigo”.

Compartilhe esse post

Uma missão para capturar um senhor da guerra somali transforma-se em um desastroso tiroteio urbano, choca o mundo e abala os Estados Unidos. Neste artigo, vamos contar a verdadeira história por trás de “Falcão Negro em Perigo”.

Local da Queda do Super 64, alguns dias mais tarde

Em 3 de outubro de 1993 ocorreu aquele que foi considerado, até então, o combate urbano em curta distância mais violento desde a Guerra do Vietnã envolvendo unidades de infantaria.

Equipes da Força Delta, e elementos dos SEALs, com a cobertura dos Rangers e apoio de Pararescues da Força Aérea Americana, foram enviados ao centro de Mogadíscio, capital da Somália, para capturar o General Mohammed Farah Aidid, líder da Aliança Nacional Somali (SNA). Mas antes de apresentar os eventos que culminaram na Batalha de Mogadíscio, vamos analisar o contexto político da Somália até aquele momento.

Alguns eventos que antecederam a ação

Em janeiro de 1991, o ditador da Somália, Siad Barre, foi deposto. Sua saída deixou um vácuo de poder que levou o país a uma anarquia completa. Os clãs e milícias que lutaram juntos para derrubar o ditador começaram a voltar-se uns contra os outros pelos espólios do poder, dando início a uma nova e sangrenta guerra civil. Só entre setembro e dezembro de 1991 pelo menos 20 mil pessoas foram mortas ou feridas nos combates. A capital Mogadíscio foi palco de intensas lutas entre diversos grupos e acabou em ruínas. Um dos mais poderosos senhores da guerra somali, Mohamed Farrah Aidid, queria o poder absoluto e assumiu o controle de boa parte de Mogadíscio e de grandes porções da zona rural somali. Suas milícias atacavam postos de ajuda humanitária, confiscando mantimentos destinados a população. Suprimentos como comida e remédios eram vetados para áreas controladas por grupos rivais ao dele. A situação humanitária no país, que já era ruim, se tornou caótica e estima-se que 300 mil pessoas morreram, principalmente de inanição. A ONU respondeu a crise política e humanitária na Somália e enviou a Operação das Nações Unidas na Somália, ou UNOSOM I. Os Estados Unidos lançaram suas próprias operações, como a Provide Relief  e a Unified Task Force, liderada pelo corpo de fuzileiros navais. Ainda assim, o número de mortos (em dezembro de 1992) chegou a quase 500 mil pessoas, com outros 1,5 milhões sendo expulsas de suas casas.

Em março de 1993, foi lançada então a segunda missão da ONU na Somália, a UNOSOM II, com o objetivo de reinstaurar a ordem na Somália. Mas assim como a missão anterior das Nações Unidas, o progresso foi lento ou quase imperceptível. Neste mesmo mês, uma iniciativa de paz alcançou um entendimento entre os principais grupos da guerra civil, mas a facção de Mohammed Farrah Aidid se recusou a aceitar os resultados das conversações. Em 5 de junho de 1993, forças da SNA de Aidid emboscaram soldados paquistaneses que integravam a UNOSOM II, matando 24 e ferindo outros 44 homens. O Conselho de Segurança da ONU baixou a Resolução 837, que adotou uma postura militar mais agressiva em relação a Aidid. Entre outras medidas, entre 7 de junho e 14 de julho foram usados quatro Aeronaves AC-130 Spectre, que voaram um total de 32 missões de interdição, reconhecimento e operações psicológicas, sendo oito dessas de combate sobre as ruas de Mogadíscio, usando seus canhões de 105 mm e 40 mm, destruindo inclusive dois depósitos de armas e a Rádio Mogadíscio, usada para propaganda de Aidid.

Tripulação do Super 64 dias antes da queda.
Tripulação do Super 64 dias antes da queda.

Em 17 de junho, foi autorizada a detenção de Aidid e oferecida uma recompensa de US$ 25.000, o que só serviu para piorar o clima político, com aumento de choques de tropas da ONU e dos EUA, com a milícia.. No mês seguinte, um helicóptero americano AH-1 Cobra disparou contra um complexo onde simpatizantes de Aidid supostamente estariam reunidos. Pelo menos 60 pessoas foram mortas. Depois desse ataque a multidão hostil matou quatro jornalistas ocidentais que cobriam a ação, mostrando seus corpos para o mundo ver. Esta ação trouxe condenação internacional para a missão da ONU e civis somalis começaram a nutrir desconfiança e até ódio com a presença militar americana no país.

Imediatamente o Comando da Força da ONUSOM II colocou a sua inteligência e capacidade operacional para localizar, capturar e deter Aidid e qualquer um de seus apoiadores, que foram responsabilizados pelos ataques de junho e julho.

A Aviação do Exército Americano foi designada como elemento de Comando e Controle e estabeleceu três equipes para realizar as operações de captura: Team Attack, Team Snatch, e Team Secure. Esses times eram formados por helicópteros de Ataque, Escolta e Transporte com snipers e um pelotão de escolta que realizariam uma vigilância continua, executando um ataque a seu comboio e escolta quando ele estivesse trafegando pela cidade e, portanto, mais vulnerável. O Team Attack destruiria os veículos líder e de retaguarda do comboio, o Team Snatch então capturaria Aidid e a equipe Secure criaria um perímetro para impedir a entrada de civis e a fuga dos alvos do local da emboscada. Diante disso e em alerta, o General Aidid passou a ser mais discreto nos seus deslocamentos pela cidade.

Em 8 de agosto, uma viatura da Policia Militar do Exército Americano foi destruída por uma mina, na rua Jialle-Siaad, matando quatro militares americanos a bordo. A situação piorou, e o Secretário-Geral da ONU Boutros-Boutros Ghali pediu ao Presidente Bill Clinton, recém empossado, ajuda para capturar Aidid.

Em 28 de agosto, começou a chegar à Somália a Força-Tarefa Combinada de Operações Especiais (JSOTF) ou Força-Tarefa Ranger, sob o comando do Major-General William F. Garrison. A Força Tarefa era formada por elementos da Força Delta, do 2º Batalhão do 75º Regimento de Rangers, dos ParaRescue da Força Aérea Americana e Navy SEALs da Marinha.

Em 8 de setembro, soldados americanos e paquistaneses estavam retirando bloqueios das ruas em um lugar conhecido como Fabrica de Cigarros, quando foram atacados pela milícia usando canhões sem recuo de 106mm, RPG e armas portáteis. Em resposta, em agosto e setembro, a Força Tarefa realizou seis missões em Mogadíscio, todas com sucesso. E em 21 de setembro, numa dessas incursões, foi capturado Osman Atto, um dos assessores mais próximos de Aidid, A ação ocorreu sem sobressaltos, mas os homens da Força-Tarefa enfrentaram pela primeira vez fogo pesado de armas portáteis e de RPGs. O fogo foi devolvido por unidades em terra e no ar. Mais tarde, no mesmo dia, essa unidade foi novamente atacada pela milícia, usando uma multidão de cerca de 1000 pessoas como escudo. Seis homens da UNOSOM II foram feridos.

Outros soldados que estavam desbloqueando as ruas foram atacados nos dias 16 e 21 de setembro. No ataque do dia 21, os paquistaneses perderam um Veículo Blindado e sofreram nove baixas, entre elas, dois mortos. Em 25 de setembro um helicóptero UH-60 Black Hawk americano foi abatido, causando a morte de três homens, um do 25º Regimento de Aviação da 10ª Divisão e dois do 101º Regimento de Aviação da Divisão 101, forças americanas e paquistaneses garantiram o local da queda e evacuaram as baixas sob fogo. O que causou preocupação aos americanos, foi o fato dos somalis terem derrubado o helicóptero usando um simples RPG, normalmente usado para atacar veículos blindados. Isso não era um bom prenúncio para incursões da Força Tarefa Ranger usando helicópteros.

Área da operação, com os pontos de queda:

Local da missão

Operação GOTHIC SERPENT

Em 3 de outubro de 1993, a Força-Tarefa Ranger lançou sua sétima sortida, desta vez contra uma das fortalezas de Aidid numa favela do bairro Mar Negro, nas proximidades do Mercado de Bakara, para capturar dois colaboradores do general. Helicópteros transportando a força de assalto (Força Delta) e a força de bloqueio (Rangers) foram lançados da base localizada no Aeroporto de Mogadíscio, e uma coluna motorizada saiu da base três minutos mais tarde. Às 15:42h, a coluna motorizada chegou à área do alvo, próximo ao Hotel Olympic. Os Rangers estabeleceram um perímetro de defesa, enquanto os Deltas procuravam os apoiadores de Aidid. Ambas as forças ficaram sob intenso fogo inimigo.

Os Deltas capturaram vinte quatro somalis e quando estavam começando a embarcar os prisioneiros nos caminhões para sair da aérea, um MH-60 Black Hawk, o “Super 61”, que estava dando cobertura foi atingido por RPG e caiu a três quarteirões da área do alvo. Imediatamente, uma esquadra de Rangers, um helicóptero de escolta MH-6 Little Bird e outro MH-60 com quinze homens de uma equipe de Resgate de Combate, os C-SAR, seguiram para o local da queda. Os tripulantes do MH-6 chegaram primeiro ao Local de ação e, pousando em um beco no meio do tiroteio, evacuaram dois feridos para um hospital de campo. Na sequência, chegaram os Rangers e o helicóptero do CSAR. Quando desciam pelo cabo de desembarque os dois últimos homens da equipe de busca e salvamento, essa aeronave também foi atingida por um RPG, contudo, o piloto manteve o controle da aeronave até o final do desembarque e retornou para base.

Dois MH-60 atingidos

A situação continuou a piorar, e foram atingidos outros dois MH-60, um deles conseguiu retornar para base, o outro, o “Super 64”, pilotado pelo Subtenente de 3ª Classe Michael Durant, caiu a cerca de 1.5 Km do “Super 61”, precisamente as 16h40. No local da segunda queda, dois atiradores de elite da Força Delta, os sargentos Gary Gordon e Randy Shughart, desceram do seu Black Hawk, codinome Super 62 – pilotado por Mike Goffena. Após terem seu pedido de descer negado duas vezes, o quartel-general concordou em deixar que os dois sargentos fossem para o local da segunda queda para proteger os quatro americanos presos nos destroços.

Enquanto tentavam defendê-los, acabaram sendo atacados por uma multidão de somalis armados leais a Aidid. O tiroteio foi intenso e o sargento Gordon foi o primeiro a cair, morto com um tiro na cabeça. O colega, também sargento, Shughart pegou o seu fuzil CAR-15 e o entregou para o piloto Michael Durant. Shughart se moveu para atrás do nariz do helicóptero caído e tentou uma última resistência, segurando os milicianos somalis por mais 10 minutos antes dele próprio ser morto. Uma multidão então avançou no local da queda e saquearam o helicóptero e os seus tripulantes, matando todos, menos Durant. Ele foi espancado até ficar quase inconsciente, mas foi salvo quando milicianos de Aidid chegaram para levar ele como refém. Por suas ações, os sargentos Gordon e Shughart foram postumamente agraciados com a Medalha de Honra do Congresso, as primeiras dadas de forma póstuma desde a Guerra do Vietnã. Os dois juntos haviam matado mais de 25 milicianos somalis e deixaram dezenas de feridos enquanto valentemente defendiam sua posição.

Neste vídeo do Almanaque Militar, a Biografia de Randy Shughart

Algumas horas depois, já no meio da noite, um grupo de soldados americanos chegou ao local da segunda queda, que estava mais isolado. Todos os corpos haviam sumido e Durant já havia sido levado como prisioneiro. Os americanos então jogaram uma granada nos destroços do helicóptero e seguiram em frente com a missão.

Na área alvo, no hotel Olimpic, depois de embarcar os detidos no comboio, os remanescentes das forças de assalto e bloqueio seguiram para o local da queda do “Super 61”, abrindo caminho sob intenso fogo das milícias e assumindo posições a sul e sudoeste da aeronave abatida. Estabelecidos em posições defensivas, os soldados trataram os feridos e mantiveram fogo supressivo para manter os somalis afastados, enquanto eram realizadas as primeiras tentativas para retirar os corpos dos tripulantes do “Super 61”. Já a coluna com os detidos, comandada pelo Tenete Coronel. Danny McKnight, comandante do 75º Batalhão de Rangers, também tentou chegar ao local da primeira queda por outro caminho. Não foi possível encontrar o caminho entre as ruas estreitas e sinuosas, e depois de sofrer muitas baixas, perder dois caminhões de 5 toneladas e ter diversos outros veículos avariados o comandante resolveu retornar a base no aeroporto.

No caminho de volta, a coluna encontrou outra com elementos da Força de Reação Rápida com Rangers e equipes das Forças Especiais que estavam seguindo para o local da queda do “Super 64”. As duas colunas retornaram a base com os feridos. Nesse meio tempo, outra Força de Reação Rápida americana que servia com a UNOSOM II, mandou uma companhia do 2º Batalhão do 14º Regimento (10ª Div), para tentar chegar ao “Super 64”, mas ela foi detida pelas milícias. O comandante da Força de Reação da UNOSOM II mandou então essa unidade, sobrepujada em poder de fogo, seguir para o aeroporto afim de reagrupar e coordenar os esforços de resgate com a Força Tarefa Ranger.

Enquanto as forças que tentavam prestar apoio no local das quedas eram submetidas a idas e vindas frente à confusão, os bloqueios e a resistência nas ruas, os homens que já estavam no local da primeira queda estavam ficando sem os suprimentos básicos. Eles receberiam água e munição de um MH-60 durante a noite, mas a aeronave também foi atingida por RPG e também foi posta fora de combate recuando até a base.

Chega o reforço

Uma coluna de resgate foi formada no Aeroporto e seguiu para área do Porto Novo. Houve um pouco de demora até serem preparados os Carros de Combate e as Viaturas Blindadas, fornecidos pelas forças aliadas do Paquistão e da Malásia, que eram as mais próximas do local. Essas forças foram integradas com o 2º Batalhão do 14º Regimento de Infantaria. O tempo gasto com a coordenação foi essencial devido a complexidade de uma operação multinacional como esta. A presença dos blindados era muito importante devido a presença de bloqueios nas ruas e o uso intenso dos RPGs.

Finalmente, depois de algumas horas para planejamento e agrupamento de forças, uma coluna de mais de sessenta veículos da 10ª Divisão e forças agregadas, tendo à frente carros de combate paquistaneses seguiu para o norte com destino a National Street. Acompanhada por helicópteros de ataque AH-1 Cobra, de reconhecimento OH-58 Kiowa Warrior e o pelo UH-60 Black Hawk, a coluna percorreu a National Street com cautela até o local das quedas. Dois blindados malaios, com soldados do 2º Pelotão da Cia Delta do 14º Batalhão de Infantaria, tomaram um caminho errado na National Street e foram emboscados. Os soldados rapidamente procuraram abrigo nas construções a sua volta, onde tiveram que permanecer por quatro horas até serem resgatados.

O resto do comboio prosseguiu pela National e virou para o norte em direção ao local da primeira queda, aonde chegaram já às 01:55h da madrugada do dia 4 de outubro. Essa força combinada de Rangers, Forças Especiais e Infantaria da 10ª Div. trabalhou até o amanhecer para retirar os corpos dos pilotos de dentro do destroços do “Super 61”, recebendo, enquanto isso, intenso fogo de armas leves e granadas durante toda a noite. Helicópteros AH-1 e MH-6 deram cobertura, inclusive disparando foguetes, o que ajudou a manter os somalis a certa distância.

A Cia Alfa do 14º Batalhão de Infantaria, alcançou o local da segunda queda (o Super 64), mas não foram encontrados vestígios dos soldados e pilotos perdidos. Logo pela manhã, todos os mortos do “Super 61”, foram colocados nos blindados e o resto da força seguiu a pé para o sul ao longo da Shalalawi Street e da National, Street com os blindados fazendo uma cobertura móvel. Os Rangers e os Deltas foram abrindo caminho atirando e correndo, naquilo que ficou conhecido como a Milha de Mogasdício.

O corpo principal da coluna de resgate seguiu para o Estádio onde estavam baseadas as forças paquistanesas, a nordeste da cidade onde chegaram as 06:30h. Os médicos deram tratamento de emergência aos feridos mais graves, que foram depois encaminhados para o hospital ou para o aeroporto.

A contagem das perdas

As perdas foram elevadas: a Força Tarefa Ranger teve 16 mortos e 57 feridos nos dias 3 e 4 de outubro, além de um morto e 12 feridos, em um ataque com morteiros ao hangar onde ela estava baseada no dia 6 de outubro. No 2º Batalhão do 14º Regimento de Infantaria (pertencente a 10ª Divisão de Montanha) foram 2 mortos e 22 feridos. Entre os parceiros da coalizão foram mortos 2 malaios e feridos outros 7 e os paquistaneses tiveram 2 feridos. O Exército dos EUA estima que foram mortos aproximadamente 1.500 somalis, entre milicianos de Aidid e populares inocentes que foram usados como escudos humanos ou pegos no fogo cruzado.

Os combates de 3 e 4 de outubro foram um divisor de águas no envolvimento americano na Somália. A já complexa e difícil missão sofreu uma reviravolta com esses acontecimentos. A situação exigiu muita inovação e rapidez na tomada de decisões por parte de todos os escalões envolvidos, em condições que não permitiam aos soldados americanos tirar partido de sua superioridade tecnológica. A experiência, o senso comum, coesão da tropa, e o treinamento tático superior foram as virtudes que tornaram possível a sobrevivência nesse novo ambiente de combate. Em 14 de outubro de 1993, depois de intensas negociações, Aidid libertou o Suboficial Michael Durant, piloto e único sobrevivente da queda do “Super 64”, e um soldado nigeriano das forças da ONU, capturado anteriormente, como um gesto de “boa vontade”.

Duas semanas após a batalha, o general William Garrison enviou uma carta escrita a mão para o presidente Bill Clinton onde assumiu toda a responsabilidade pelo acontecido. Ele afirmou que a Força Tarefa Ranger agiu baseada em informações de inteligência sólidas. No final, apesar das baixas sofridas, o objetivo (capturar os membros do gabinete de Aidid no edifício alvo) foi cumprido.

A missão americana na Somália foi tachada como um fracasso. O governo Clinton, em particular, foi duramente criticado pelo resultado da operação. Porém, as críticas mais duras vieram após a decisão do governo de retirar todas as tropas americanas da Somália antes da missão da ONU ser completada, com nenhum dos objetivos humanitários sendo atingidos e com o país ainda mergulhado em anarquia devido a violência. Também foi apontado a relação da organização terrorista al-Qaeda com Aidid e ainda assim, o governo americano se recusou a ordenar outras missões militares em território somali. Osama bin Laden teria zombado da decisão de retirada precipitada das forças americanas, dizendo que isso mostrava “a fraqueza, fragilidade e covardice do soldado americano”.

O povo americano em casa ficou chocado com o resultado da operação, especialmente devido as perdas materiais e humanas. Os noticiários mostraram as imagens de corpos de soldados americanos sendo arrastados e exibidos por milicianos somalis pelas ruas de Mogadíscio. Em resposta a reação muito negativa do público americano, o governo de Bill Clinton ordenou que a presença americana nas missões humanitárias na região fosse reduzida.

Livros:

  • Black Hawk Down: A Story of Modern War by Mark Bowden
  • The Battle of Mogadishu: Firsthand Accounts from the Men… by Matt Eversmann
  • The Night Stalkers by Michael J. Durant
  • In the Company of Heroes: A True Story by Michael J. Durant

Fonte: forte.jor.br

Inscreva-se em nossa Newsletter

Receba conteúdos exclusivos em seu e-mail

Posts Relacionados

Loja Almanaque Militar

Carrinho de compras
Rolar para cima